[ anterior ] [ Conteúdo ] [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ] [ 4 ] [ 5 ] [ 6 ] [ 7 ] [ 8 ] [ 9 ] [ 10 ] [ 11 ] [ 12 ] [ 13 ] [ 14 ] [ 15 ] [ 16 ] [ 17 ] [ 18 ] [ 19 ] [ 20 ] [ 21 ] [ 22 ] [ 23 ] [ 24 ] [ 25 ] [ 26 ] [ 27 ] [ 28 ] [ 29 ] [ 30 ] [ 31 ] [ 32 ] [ próximo ]
Este capítulo descreve como configurar seu sistema para se conectar a Internet, navegar, enviar/receber mensagens, etc.
A conexão através de banda larga em sistemas Debian
é realizada
através do programa pppoeconf
ou modificando manualmente os
arquivos de configuração em /etc/ppp
. Esta seção explicará como
configurar a conexão em modo bridge e assume que você já tem o modem conectado
e sua placa de rede configurada. Para criar uma conexão internet através do
pppoeconf
entre como usuário root no sistema, digite
pppoeconf e siga os passos de configuração:
Na primeira tela, ele perguntará se deseja que o modem seja detectado automaticamente. Selecione sim. O sistema procurará e detectará o modem no sistema (assegure-se que ele esteja ligado durante essa etapa).
Ao detectar o modem siga adiante e informe o nome de usuário para conexão
Em seguida informe a senha usada para autenticação
Nas próximas telas, selecione o valor padrão para MTU e MSS (a não ser que seu provedor DSL solicite a alteração).
Na tela sobre se a conexão deve ser iniciada na inicialização do sistema, selecione "Sim".
Para conectar usando internet discada é utilizada a placa de Fax-Modem. A
conexão através de sistemas Debian
é fácil, e todo o trabalho de
configuração pode ser feito através do programa pppconfig
ou
modificando manualmente os arquivos em /etc/ppp
. Para criar uma
conexão internet através do pppconfig
, entre como usuário root no
sistema, digite pppconfig e siga os passos de configuração (esta
configuração serve para usuários domésticos e assume que você possui o kernel
com suporte a PPP):
No primeiro menu, escolha a opção Create para criar uma nova conexão. As outras opções disponíveis são Change para modificar uma conexão a Internet criada anteriormente, Delete para apagar uma conexão. A opção Quit sai do programa.
Agora o sistema perguntará qual será o nome da conexão que será criada. O nome provider é o padrão, e será usado caso digite pon para iniciar uma conexão internet sem nenhum argumento.
O próximo passo é especificar como os servidores de nomes serão acessados.
Escolha Static se não tiver nenhum tipo de rede local ou
None para usar os servidores especificados no arquivo
/etc/resolv.conf
.
Aperte a tecla TAB e tecle ENTER para seguir para o próximo passo.
Agora digite o endereço do servidor DNS especificado pelo seu provedor de acesso. Um servidor DNS converte os nomes como www.blablabla.com.br para o endereço IP correspondente para que seu computador possa fazer conexão.
Tecle ENTER para seguir para o próximo passo.
Você pode digitar um endereço de um segundo computador que será usado na resolução de nomes DNS. Siga as instruções anteriores caso tiver um segundo servidor de nomes ou ENTER para continuar.
Agora você precisará especificar qual é o método de autenticação usado pelo seu provedor de acesso. O Password Autentication Protocol é usado pela maioria dos provedores de acesso. Desta forma escolha a opção PAP
Agora entre com o seu login no provedor de acesso, ou seja, o nome para acesso ao sistema que escolheu no momento que fez sua assinatura.
Agora especifique a sua senha.
O próximo passo será especificar a taxa de transmissão da porta serial do micro. O valor de 115200 deve funcionar com todas as configurações mais recentes.
Uma configuração serial DTE detalhada pode ser feita com a ferramenta
setserial
.
Agora será necessário selecionar o modo de discagem usado pelo seu fax-modem. Escolha tone para linha digital e pulse se possuir uma linha telefônica analógica.
Pressione TAB e tecle ENTER para prosseguir.
Agora digite o número do telefone para fazer conexão com o seu provedor de acesso.
O próximo passo será a identificação do seu fax-modem, escolha YES para que seja utilizada a auto-detecção ou NO para especificar a localização do seu fax-modem manualmente.
Se você quiser especificar mais detalhes sobre sua configuração, como strings de discagem, tempo de desconexão, auto-discagem, etc., faça isto através do menu Advanced.
Escolha a opção Finished para salvar a sua configuração e retornar ao menu principal. Escolha a opção Quit para sair do programa.
Pronto! todos os passos para você se conectar a Internet estão concluídos,
basta digitar pon para se conectar e poff para se
desconectar da Internet. Caso tenha criado uma conexão com o nome diferente de
provider você terá que especifica-la no comando pon
(por exemplo, pon provedor2).
A conexão pode ser monitorada através do comando plog
e os pacotes
enviados/recebidos através do pppconfig
.
Para uma navegação mais segura, é recomendável que leia e compreenda alguns ítens que podem aumentar consideravelmente a segurança do seu sistema em Segurança da Rede e controle de Acesso, Seção 15.8, /etc/hosts.allow, Seção 15.8.3.1, /etc/hosts.deny, Seção 15.8.3.2. A seção /etc/resolv.conf, Seção 15.6.2.1 pode ser também útil.
Existem diversos tipos de navegadores web para GNU/Linux
e a
escolha depende dos recursos que pretende utilizar (e do poder de processamento
de seu computador).
Para navegar na Internet com muitos recursos, você pode usar o navegador
Firefox
, ele suporta plug-ins, extensões adicionais, java, flash,
etc. Você também tem a escolha do Mozilla
que inspirou a criação
do Netscape
e outros navegadores derivados.
O dillo
é uma boa alternativa para aqueles que desejam um
navegador em modo gráfico, mas eles não tem suporte a Java e Frames.
Os usuários e administradores de servidores que operam em modo texto e precisam
de navegadores para testes, podem optar pelo Lynx
ou o
links
. Uma listagem mais detalhada e recursos requeridos por cada
navegador podem ser encontrados em Internet, Seção 30.1.3.
fetchmail
É o programa mais tradicional no recebimento de mensagens através dos serviços
pop3, imap, pop2, etc. no GNU/Linux
.
Ele pega as mensagens de seu servidor pop3 e as entrega ao MDA local
ou nos arquivos de e-mails dos usuários do sistema em /var/mail
Todo o funcionamento do fetchmail
é controlado pelo arquivo
~/.fetchmailrc
. Segue abaixo um modelo padrão deste arquivo:
poll pop3.seuprovedor.com.br protocol pop3 user gleydson password sua_senha keep fetchall is gleydson here
Este arquivo é lido pelo fetchmail
na ordem que foi escrito. Veja
a explicação abaixo sobre o arquivo exemplo:
A palavra poll especifica o servidor de onde suas mensagens serão
baixadas, o servidor especificado no exemplo é
pop3.seuprovedor.com.bt. A palavra skip pode ser
especificada, mas as mensagens no servidor especificado por skip
somente serão baixadas caso o nome do servidor de mensagens for especificado
através da linha de comando do fetchmail
.
protocol é o protocolo que será usado para a transferência de
mensagens do servidor. O fetchmail
utilizará a auto-detecção de
protocolo caso este não seja especificado.
user define o nome do usuário no servidor pop3.seuprovedor.com.br, que no exemplo acima é gleydson.
password define a senha do usuário gleydson (acima), especificada como sua_senha no exemplo.
keep é opcional e serve para não apagar as mensagens do servidor após baixa-las (útil para testes e acesso a uma única conta de e-mail através de vários locais, como na empresa e sua casa por exemplo).
fetchall baixa todas as mensagens do provedor marcadas como lidas e não lidas.
is gleydson here é um modo de especificar que as mensagens obtidas
de pop3.seuprovedor.com.br do usuário gleydson com a
senha sua_senha serão entregues para o usuário local
gleydson no diretório /var/mail/gleydson
.
As palavras is e here são completamente ignoradas
pelo fetchmail
, servem somente para dar um tom de linguagem
natural na configuração do programa e da mesma forma facilitar a compreensão da
configuração.
Se possuir várias contas no servidor pop3.seuprovedor.com.br, não é necessário repetir toda a configuração para cada conta, ao invés disso especifique somente os outros usuários do mesmo servidor:
poll pop3.seuprovedor.com.br protocol pop3 user gleydson password sua_senha keep fetchall is gleydson here user conta2 password sua_senha2 fetchall is gleydson here user conta3 password sua_senha3 fetchall is gleydson here
Note que todos os e-mails das contas gleydson, conta2
e conta3 do servidor de mensagens
pop3.seuprovedor.com.br são entregues ao usuário local
gleydson (arquivo /var/mail/gleydson
).
Agora você pode usar um programa MUA como o mutt
ou
pine
para ler localmente as mensagens. O armazenamento de
mensagens no diretório /var/mail
é preferido pois permite a
utilização de programas de notificação de novos e-mais como o
comsat
, mailleds
, biff
, etc.
Também é possível utilizar um processador de mensagens ao invés do MTA para a
entrega de mensagens. O programa procmail
é um exemplo de
processador de mensagens rápido e funcional que pode separar as mensagens em
arquivos de acordo com sua origem, destino, assunto, enviar respostas
automáticas, listas de discussão, envio de arquivos através de requisição, etc.
Veja Processamento de mensagens através do
procmail, Seção 28.3.1 para detalhes.
Para mais detalhes sobre outras opções específicas de outros protocolos,
checagem de mensagens, criptografia, etc, veja a página de manual do
fetchmail
.
O processamento de mensagens pode ser usado para inúmeras finalidades, dentre elas a mais comum é separar uma mensagem em arquivos/diretórios de acordo com sua origem, prioridade, assuntos, destinatário, conteúdo, etc., programar auto-respostas, programa de férias, servidor de arquivos, listas de discussão, etc.
O procmail
é um programa que reúne estas funções e permitem muito
mais, dependendo da habilidades e conhecimento das ferramentas
GNU/Linux
para saber integra-las corretamente. Toda a operação do
procmail
é controlada pelo arquivo /etc/procmailrc
e
~/.procmailrc
. Abaixo um modelo do arquivo
~/.procmailrc
usado para enviar todas as mensagens contendo a
palavra GNU/Linux no assunto para o arquivo
mensagens-linux
:
PATH=/usr/bin:/bin:/usr/local/bin: MAILDIR=$HOME/Mail DEFAULT=$MAILDIR/mbox LOGFILE=$MAILDIR/log :0: * ^Subject:.*Linux mensagens-linux
A variável de ambiente MAILDIR
especifica o diretório que serão
armazenadas as mensagens e logs das operações do procmail
. A
variável DEFAULT
especifica a caixa de correio padrão onde todas
as mensagens que não se encaixam nas descrições do filtro do
procmailrc
serão enviadas. A variável LOGFILE
especifica o arquivo que registrará todas as operações realizadas durante o
processamento de mensagens do procmail
.
O arquivo mensagens-linux
é criado dentro do diretório
especificado por MAILDIR
.
Para que o procmail
entre em ação toda vez que as mensagens forem
baixadas via fetchmail
, é preciso modificar o arquivo
.fechmailrc
e incluir a linha mda /usr/bin/procmail -d
%T no final do arquivo e retirar as linhas is [usuáriolocal]
here para que o processamento das mensagens seja feita pelo MDA local
(neste caso, o procmail
).
Se quiser que o procmail
seja executado pelo MDA local, basta
criar um arquivo ~/.forward
no diretório do usuário e incluir a
linha exec /usr/bin/procmail (note que em algumas implementações
do exim
, o procmail
é executado automaticamente caso
um arquivo ~/.procmailrc
seja encontrado, caso contrário será
necessário adicionar a linha "/usr/bin/procmail" ao arquivo
~/.forward
(somente exim
).
Para mais detalhes, veja a página de manual do procmail
,
procmailrc
e HOWTOs relacionados com e-mails no
GNU/Linux
.
[ anterior ] [ Conteúdo ] [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ] [ 4 ] [ 5 ] [ 6 ] [ 7 ] [ 8 ] [ 9 ] [ 10 ] [ 11 ] [ 12 ] [ 13 ] [ 14 ] [ 15 ] [ 16 ] [ 17 ] [ 18 ] [ 19 ] [ 20 ] [ 21 ] [ 22 ] [ 23 ] [ 24 ] [ 25 ] [ 26 ] [ 27 ] [ 28 ] [ 29 ] [ 30 ] [ 31 ] [ 32 ] [ próximo ]
Guia Foca GNU/Linux
Versão 5.65 - domingo, 05 de setembro de 2010gleydson@guiafoca.org