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Este capítulo traz explicações sobre algumas configurações úteis que podem ser feitas no sistema. Neste documento assumimos que o kernel do seus sistema já possui suporte a página de código 860 (Portuguesa) e o conjunto de caracteres ISO-8859-1.
Permite que o GNU/Linux
use a acentuação. A acentuação do modo
texto é independente do modo gráfico; você pode configurar tanto um como o
outro ou ambos. Para maiores detalhes veja Acentuação em modo Texto, Seção 23.1.1 e/ou Acentuação em modo gráfico, Seção 23.1.2.
Note que os mapas de teclado usados em modo texto são diferentes dos usados em modo gráfico. Geralmente os mapas de teclados para o modo gráfico tem uma letra X no nome.
Caso sua distribuição Debian
esteja acentuando corretamente no
modo texto você não precisará ler esta seção. Antes de prosseguir, verifique
se você possui o pacote console-data
instalado em seu sistema com
o comando: dpkg -l console-data. Caso não existam, alguns
programas de configuração e arquivos de fontes não estarão disponíveis.
Siga os passos abaixo para colocar e acentuação em funcionamento para o modo
Texto na Debian
:
Digite dpkg-reconfigure console-data. Após a tela inicial, selecione a opção Selecionar o mapa de teclados da lista de arquiteturas, qwerty e selecione os passos seguintes de acordo com seu tipo de teclado:
US american - Selecione US American na lista de opções e em seguida Standard e US International (ISO-8859-1).
ABNT2 (com cedilha) - Selecione Brazilian na lista de opções.
Após isso, o mapa de teclados correto será carregado de
/usr/share/keymaps
e será ativado no sistema.
Se desejar usar o comando loadkeys manualmente , você precisa
copiar o mapa de teclados para um local conhecido no sistema, então copie o
arquivo arquivo.kmap
para
/usr/share/keymaps/i386/qwerty
(em sistemas Debian) ou algum outro
local apropriado. Note que o arquivo pode ser compactado pelo
gzip
e copiado para /usr/share/keymaps/i386/qwerty
que será lido sem problemas pelo sistema encarregado de configurar o teclado e
acentuação.
Descomente a linha SCREEN_FONT=LatArCyrHeb-16 e modifique-a para
CONSOLE_FONT=lat1u-16.psf no arquivo
/etc/console-tools/config
.
Esta linha diz ao sistema que fonte deve carregar para mostrar os
caracteres na tela. A fonte de caracteres deve ser compatível com o idioma
local, pois nem todas suportam caracteres acentuados. A fonte preferível para
exibir os caracteres acentuados usando padrão ISO é a lat1u-16
, o
-16
no nome do arquivo significa o tamanho da fonte. As fontes de
tela estão disponíveis no diretório /usr/share/consolefonts
.
Neste ponto você pode verificar se o seu sistema esta reconhecendo corretamente
a acentuação entrando no editor de textos ae
e digitando:
áãâà. Se todos os acentos apareceram corretamente, parabéns!
você já passou pela parte mais difícil. Agora o próximo passo é a acentuação
no Bash
.
bash
)
Para acentuar no Bash
(interpretador de comandos) é necessário
alterar o arquivo /etc/inputrc
e fazer as seguintes modificações:
Descomente a linha: "#set convert-meta off" você faz isto apagando o símbolo "#" antes do nome.
Um comentário faz com que o programa ignore linha(s) de comando. É muito útil
para descrever o funcionamento de comandos/programas (você vai encontrar muito
isso no sistema GNU/Linux
, tudo é muito bem documentado).
Inclua a seguinte linha no final do arquivo:
set meta-flag on
O conteúdo deste arquivo deve ficar assim:
set convert-meta off set input-meta on set output-meta on
Digite exit ou pressione CTRL+D para fazer o logout. Entre novamente no sistema para que as alterações façam efeito.
Pronto! você já esta acentuando em modo texto!. Talvez seja necessário que
faça alguma alteração em arquivos de configuração de outros programas para que
possa acentuar corretamente (veja se existe algum arquivo com o nome
correspondente ao programa no diretório /etc
).
A distribuição Debian
também traz o utilitário
kbdconfig
que também faz a configuração do mapa de teclados de
forma interativa e gravando automaticamente o mapa de teclados em
/etc/kbd/default.map.gz
. Se preferir usar o
kbdconfig
ainda será necessário executar os passos acima para
habilitação da fonte lat1u-16
e acentuação no bash
.
A acentuação no modo gráfico é feita de maneira simples:
Execute o comando dpkg-reconfigure xserver-xorg e informe o tipo
de teclado quando perguntado pelo sistema de configuração. A configuração será
gravada na seção InputDevice do arquivo
/etc/X11/xorg.conf
e poderá ser modificada manualmente se
necessário.
O número de cores do ambiente gráfico pode ser alterado facilmente. Normalmente as distribuições realizam a instalação usando o padrão VESA (que é compatível com qualquer placa de vídeo) usando 65.000 cores (16 bits), mas por usar VESA são deixados de lado recursos como aceleração de hardware, XV, e recursos 3D necessário pela maioria dos jogos e aplicativos de vídeo atuais.
A configuração apropriada do driver exige que você execute novamente o procedimento de configuração da distribuição usando o comando dpkg-reconfigure xserver-xorg.
Por exemplo, para configurar minha placa de vídeo Intel 810, é necessário
selecionar o driver i810 na tela de seleção do driver de video do
dpkg-reconfigure xserver-xorg. O programa xresprobe
pode ser útil caso deseja fazer manualmente ajustes finos na configuração do
/etc/X11/xorg.conf
. O monitor também poderá ser configurado de
acordo com o tamanho da tela (em polegadas).
Com uma configuração correta é possível atingir até 32 bits de cores (pocket pixel) no X. A configuração do X utiliza o número de bits ao invés do número de cores na sua configuração. Abaixo uma tabela comparativa:
Bits Número Max. Cores Memória mínima requerida na Placa de Vídeo ------- ----------------- ----------------------------------------- 4 bits 16 cores 256Kb 8 bits 256 cores 512Kb 16 bits 32.384/65536 cores 1MB 24 bits 16 milhões de cores (pixel menor) 1MB 32 bits 16 milhões de cores 1MB
Lembre-se que a tabela acima leva em consideração a resolução de vídeo de 640x480. Caso utilizar uma resolução de 800x600, 1024x768 ou superior, os requerimentos de memória de vídeo para mostrar o número de cores da tabela acima serão maiores. Para mostrar 1024x768 - 16 milhões de cores serão necessários 2MB de memória de vídeo, por exemplo. A resolução de 24 bits normalmente traz problemas em alguns chipsets, considere a utilização da resolução de 16 ou 32 bits.
O uso de uma resolução de vídeo como 800x600 ou superior, também depende do monitor de vídeo. Nem todos os monitores VGA e SVGAs do mercado suportam resoluções acima de 640x480.
OBS: Se tiver escolha, prefira placas de vídeo independentes da placa mãe. Normalmente as placas de vídeo on-board usam parte da memória RAM como memória de vídeo (memória compartilhada) e isto diminui a performance de vídeo e a performance do sistema porque se você estiver usando 2MB de memória de vídeo, terá 2 MB a menos para executar seus programas. O preço destas placas geralmente diminui na proporção do desempenho que oferecem.
Uma boa escolha para uma melhor qualidade e maior velocidade é 16
bits. O motivo disto é que quanto maior a qualidade e a resolução, mais
tempo será levado para os pixels serem atualizados no monitor. Veja abaixo
como configurar o número de cores para quem esta iniciando o X-Window pelo modo
texto e XDM
.
Após configurar corretamente a resolução de vídeo aceita pelo seu servidor X com dpkg-reconfigure xserver-xorg (Debian 4.0) use o comando startx -- -bpp 8 no lugar de startx. Note que estou usando 256 cores como exemplo (veja a tabela acima), se quiser usar mais cores e sua placa de vídeo tiver memória suficiente, use 16, 24 ou 32.
Uma maneira mais prática de iniciar sempre com uma mesma resolução é incluir um
alias
no arquivo .bashrc
em seu diretório:
alias startx='startx -- -bpp 8'
Desta forma toda a vez que se digitar startx, será executado o comando da direita do sinal de igual.
OBS: Se alguma coisa der errado e a imagem aparecer distorcida ou simplesmente não aparecer, não se desespere! Pressione simultaneamente CTRL+ALT+Back Space, esta é a combinação de teclas finaliza imediatamente o servidor X.
Assumindo que o seu arquivo /etc/X11/xorg.conf
foi gerado
corretamente, modifique o arquivo /etc/X11/xdm/Xservers
e alterar
o final da linha colocando -bpp resolução. Por exemplo, a última
linha de meu arquivo Xservers
era:
:0 local /usr/bin/X11/X vt7 eu a modifiquei para :0 local /usr/bin/X11/X vt7 -bpp 16
Pronto, basta reiniciar o servidor X (usando CTRL+ALT+Back Space)
ou reiniciando através do arquivo /etc/init.d/xdm
usando xdm
restart e seu sistema passará a usar 65.000 cores de vídeo.
OBS: Lembre-se de salvar todos os seus arquivos antes de reiniciar o servidor X, pois todos os programas que estiverem abertos no sistema serão imediatamente fechados.
Após você ter criado o arquivo de configuração do X com o
dpkg-reconfigure xserver-xorg, é possível que a configuração
precise de um ajuste fino para o alinhamento correto da imagem no monitor.
Muitos monitores modernos possuem teclas para esta função, mas desde que
monitor esteja com sua imagem aparecendo corretamente em modo texto, o ajuste
deverá ser feito no servidor X. Este ajuste é feito através do utilitário
xvidtune
.
Entre no modo gráfico como usuário root, abra o xterm
e digite xvidtune uma tela aparecerá com um aviso sobre o uso do
programa, clique em OK
. Recomendo que ative o botão
AUTO para que a tela vá se ajustando na medida que você mexe nos
ajustes.
Para restaurar a configuração anterior, pressione o botão Restore
(não faz efeito caso o botão Apply tenha sido pressionado).
Clicando em Quit, você sai do xvidtune
sem salvar a
configuração. Quando estiver satisfeito com a sua configuração/alinhamento da
imagem, clique em Apply, a configuração escolhida estará salva.
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Guia Foca GNU/Linux
Versão 5.65 - domingo, 05 de setembro de 2010gleydson@guiafoca.org